Thursday, November 23, 2006

Saúde e Oceanos


O oceano e a saúde pública podem interagir de um modo negativo. Anualmente, há cerca de 76 milhões de casos de doenças provocadas pelos oceanos, devido à globalização da alimentação, pois a exportação dos alimentos é efectuada sem controlo nem regras, muitas vezes de países com menos condições, além de se desconhecer o local onde o peixe e o marisco que se consomem são capturados.
Os oceanos são muito vulneráveis à poluição, servindo como depósito de detritos humanos (fertilizantes, metais pesados, resíduos urbanos e industriais…), principalmente nas últimas décadas, contaminando as águas marinhas. A água contaminada (com elevada carga orgânica e agentes microbiológicos - bactérias e vírus), o saneamento desadequado e a falta de condições de higiene são apontados como responsáveis por mais de 80% das doenças dos países em desenvolvimento (como gastroentrites, hepatites, febres tifóides e cólera) e pela perturbação dos ecossistemas. As marés vermelhas e os blooms estão ligados às doenças renais, devido às suas toxinas, podendo induzir asma a habitantes da zona costeira.
Os petroleiros, através do transporte oceânico, podem transportar vírus, bactérias e outras doenças de zonas que não têm tratamento de esgotos.
Anualmente, chegam cerca de 700 milhões de turistas a vários países do mundo, podendo trazer contaminação/doenças. Outro aspecto negativo são as rações utilizadas em aquacultura, onde se utilizam cobre e antibióticos, para se obter um lucro rápido.
Por outro lado, o oceano também pode ser visto como uma fonte de oportunidades, embora se desconheça uma grande diversidade de organismos e moléculas aí existentes. Sabe-se que os primeiros estudos de neurologia foram efectuados com lulas, alguns compostos para combater o cancro também são obtidos de algumas espécies marinhas e as algas podem ser utilizadas como terapia e elementos nutritivos.
Cátia Luis

Monday, November 13, 2006

Próximo Café Oceano

O próximo café oceano realiza-se já esta quinta feira, dia 16 de Novembro, ás 18.30 no BA, na rua do Prior com o tema "Saúde e Oceanos: Uma visão Global".

Apareçam

Resumo último café oceano

De uma forma abreviada o que foi dito no último café oceano foi:

A energia das ondas e marés são uma energia alternativa à energia actualmente usada em Portugal e no resto do mundo, para a aplicação de sistema de aproveitamento da energia das ondas são necessários certos requisitos sendo eles, marés com amplitudes entre o 1,5 metros e os 2 metros e períodos entre os 8 a 10 segundos.
Existem vários sistemas de aproveitamento da energia das ondas sendo eles, a coluna de água oscilante, AWS (Arquimedes Wave Sing), Wave Dragon e as serpentes marítimas ou Pelamis.
A coluna de água oscilante está agora a ser estudada na Ilha do Pico nos Açores e na Escócia. Uma nova optimização deste sistema é, a sua implementação em zonas portuárias, mas o aproveitamento energético não é muito grande.
O AWS é completamente submerso, e funciona pela pressão criada pela passagem da crista e a passagem da cava da onda, e é esta diferença de pressão que vai criar energia. Existem uma unidade piloto instalada na Póvoa de Varzim. A desvantagem deste sistema é a necessidade de colocação de varias turbinas e a área terá de ser interdita á navegação.
O sistema Wave Dragon está em protótipo no Báltico e não existem em Portugal. Funciona por gravidade, é flutuante e possui rampas laterais e um reservatorio de água. Neste reservatorio existem turbinas e à entrada de água no reservatório as turbinas vão gerar a energia.
O último sistema é as serpentes marinhas ou Pelamis, é um sistema mais complexo. É semi submerso e funciona pela passagem das ondas nos cilindros da serpente e a utilização de óleo que é bombeado para gerar a energia. Este equipamento deve ser colocado a 3 milhas na costa. É um sistema em estudo em Portugal.
As vantagens da colocação destes sistemas é a possibilidade de aplicação na costa Oeste Portuguesa, as boas infra-estruturas de apoio nas zonas previstas á implementação dos sistemas, a existência de conhecimentos técnico-científicos e a energia poderia ser vendida a bom preço.
Pensa-se em aplicar este sistema numa extensão entre os 250 a 300 km na costa Oeste Portuguesa e pode gerar um quinto da energia produzida actualmente em Portugal.