Tuesday, December 18, 2007

Café Oceano: “Os “nossos” tubarões... Queridos ou temidos?”

O Café Oceano é um espaço para conviver, relaxar e falar de um tema que nos interessa. No mês de Dezembro, foi o Investigador e Doutor Rui Coelho que ficou responsável por introduzir o tema do Café Oceano que desde há muito tempo se esperava: os Tubarões. Para tentar mudar a percepção errónea que a população em geral tem destes animais, como sendo animais muito perigosos para os Homens, o nosso convidado falou-nos com muita paixão destes seres que ocupam quase todos os habitats marinhos e mesmo alguns de água doce, desde grandes profundidades a zonas costeiras. Ficámos a saber que os tubarões são peixes cartilagíneos (possuem esqueleto cartilaginoso) pertencentes a um grupo de peixes (Chondrichthyes), nos quais se incluem também as raias e as quimeras. Os tubarões, predadores de topo, crescem muito lentamente, só adquirem a maturidade sexual muito tarde e têm uma fecundação interna (oviparidade e viviparidade placentária ou não), ao contrário dos peixes ósseos (Osteichthyes). Mesmo se os tubarões representam um dos grupos animais mais antigos do Planeta (surgiram há cerca de 400 milhões de anos), estas características fazem destes animais seres vulneráveis à actividade humana, desde do desaparecimento de habitats e de ecossistemas, à sobrepesca. Rui Coelho explicou que em 2006, estavam registadas mundialmente 1180 espécies de peixes cartilagíneos, das quais 480 são tubarões. No entanto, estes números estão em constante evolução à medida que novas espécies são descobertas e que, num futuro próximo, algumas irão desaparecendo, visto que, em 2006, já estavam listadas no livro vermelho da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) cerca de 110 espécies ameaçadas. Ao largo de Portugal, o convidado referiu que em 2006 estavam registadas 108 espécies de peixes cartilagíneos, dos quais 74 correspondiam a tubarões. No entanto, acrescentou que mesmo existindo dentre de estas algumas espécies potencialmente perigosas, como o famoso tubarão branco (Carcharodon carcharias), o tubarão anequim (Isurus oxyrinchus) e o tubarão martelo (Sphirna spp.), não existem até hoje relatos de ataques nem fatalidades nas nossas águas. Rui Coelho explicou que quase todos os tubarões com mais de 2 metros de comprimento podem ser potencialmente perigosos para os humanos. No entanto, são 3 as espécies que têm tido maior responsabilidade nos ataques em humanos, nomeadamente o tubarão branco (Carcharodon carcharias), o tubarão tigre (Galeocerdo cuvier) e tubarão buldogue (Carcharhinus leucas). Destas, apenas o tubarão branco existe em Portugal. Ainda foi referido que, apesar dos tubarões serem considerados animais extremamente perigosos e responsáveis por inúmeras fatalidades humanas todos os anos, a realidade não é essa. Desde 1990, foram contabilizados em média anual e a nível mundial, 56 ataques não provocados e 6 fatalidades, enquanto que desde 2000 e só nos EUA morrem em média cerca de 20 pessoas por ataques de cães! Assim, apesar da “fama” dos ataques de tubarão, a probabilidade de uma pessoa ser atacada e morta por um tubarão é realmente baixa, isto é quando estes não são provocados.

Tuesday, December 11, 2007

Café Oceano do mês de Dezembro de 2008

O próximo café oceano, e último do ano 2007, terá lugar na próxima 5ª feira
dia 13 de Dezembro no Café Aliança a partir das 18h30.
Nesse Café Oceano, o Investigador Rui Coelho irá apresentar o Tema "Os
"nossos" tubarões.. Queridos ou temidos?"

O que é um tubarão?
Quantas espécies de tubarões existem no mundo e em Portugal?
As espécies que existem em Portugal são perigosas?
Quais as espécies mais perigosas a nível mundial?
Quantos ataques de tubarão ocorrem por ano?
Onde é que os ataques de tubarão ocorrem?
Porque é que os tubarões são animais vulneráveis?
Quais as ameaças que os tubarões enfrentam actualmente a nível mundial?
Quantos tubarões são pescados por ano?
O que se está a fazer para proteger e conservar estes animais?

Se quiser conhecer as respostas a estas perguntas, e muitas outras, é só aparecer!

Thursday, December 06, 2007

Friday, November 30, 2007

Café Oceano: “Alterações climáticas... O papel do plâncton”

O Café Oceano é um espaço para conviver, relaxar e falar de um tema que nos interessa. Desta vez, foi o Investigador e Doutorando Carlos Norton que ficou responsável por introduzir o tema do Café Oceano que decorreu no mês de Novembro.
O Plâncton é a base da cadeia alimentar no meio aquático e marinho, sendo constituído por uma fracção vegetal, o fitoplâncton, e uma fracção animal, o zooplâncton. Qualquer alteração causada nestes organismos terá impactos ainda mais elevados nos níveis tróficos superiores. O estudo do plâncton é complicado porque implica uma recolha de amostras regular ao longo do tempo e no espaço oceânico, que são muito esporádicas se feitas somente durante missões científicas no mar. No entanto, existem bons registos obtido através de CPR (Continuous Plankton Recorder) para o Atlântico Norte e isto, desde dos anos 1958. Este equipamento é atracado a navios comerciais com rotas transatlânticas regulares permitindo uma recolha de plâncton de forma contínua, aproximadamente à profundidade de 7 m, durante todo o percurso do navio. Os estudos efectuados desta forma demonstram que está a ocorrer, no Atlântico do Nordeste, uma migração das espécies planctónicas para zonas mais a Norte. Com o aquecimento das águas, as espécies adaptadas a temperaturas mais altas estão a conseguir deslocar-se até zonas médias do Atlântico Norte, enquanto que as espécies que anteriormente ocupavam estas zonas estão a ser deslocadas para zonas sub-polares a polares. Um exemplo do impacto destas migrações pode ser observado no bacalhau. No Mar do Norte existe uma época do ano, de Março a Agosto, em que o bacalhau se alimenta de uma espécie de copépode calanóide (zooplâncton). Esta espécie abundava nestas zonas, mas com o aquecimento das águas foi empurrada para zonas mais a norte, surgindo em substituição uma outra espécie de copépode adaptada a águas de temperaturas mais elevadas. No entanto, esta nova espécie apresenta-se em período diferente da espécie anterior, de Agosto a Dezembro, não permitindo a engorda do bacalhau. Assim, para além de outros impactos sobre o bacalhau, nomeadamente a sobre – exploração, a migração do zooplâncton fez com que o bacalhau ficasse com menos alimento disponível, uma vez que também o biovolume desta nova espécie é inferior, fazendo diminuir a biomassa disponível para o bacalhau. Seja a nível trófico, ou mesmo na biomassa, o aquecimento das águas, mecanismo provocador destas migrações, apresenta grandes impactos espécies de consumidores superiores da cadeia trófica.
Alem disto, é importante salientar aqui que o plâncton também influencia o clima. A nível global, é efectivamente o plâncton que é responsável pela remoção de uma grande parte do CO2 da atmosfera para dentro dos oceanos e consequentemente para os sedimentos marinhos, moderando assim o aumento da temperatura média mundial. A nível local, também existem espécies de fitoplâncton que são capazes de emitir para a atmosfera moléculas que permitem a formação de nuvens que funcionam como um escudo face À insolação e fazem com que a temperatura da superfície da água diminui.
É então importante relembrara que, apesar das alterações climáticas causarem um grande impacto no meio ambiente, a Natureza é como que uma máquina renovadora, e que o maior impacto cairá sobre nós.

Thursday, November 15, 2007

Cafe oceano : Alterações climaticas - o papel do plâncton

Na 4ª feira dia 21 de Novembro vai realizar-se no Atrium Faro ás 18.30 o próximo Café Oceano cujo tema é Alterações Climáticas - o papel do plâncton. Estão todos convidados a aparecer e debater um tema tão na moda e tão preocupante como este.

Tuesday, October 16, 2007

Desafiar ou respeitar o mar... O Salvamento aquatico

O Café Oceano é um espaço para conviver, relaxar e falar de um tema que nos interessa. Para o Café Oceano que decorreu ao inicio do mês de Outubro, convidei o Professor Jorge Rosa, responsável pelo curso profissional Técnico de Segurança e Salvamento em meio aquático (TSSMA) da Escola Secundária Pinheiro e Rosa (Faro). Aprendi muito durante a apresentação feita por Jorge Rosa. Assim, existem actualmente dois cursos destes no Algarve, um em Faro e outro em Quarteira. Estes cursos só foram reconhecidos pelo Ministério português da Educação em 1999 e reestruturados em 2006 no âmbito da revisão curricular do ensino profissional e da racionalização da oferta formativa pela Portaria n.º 1311/2006, D.R. n.º 226, Série I de 2006-11-23 . Este tipo de curso do ensino normal enquadra-se na família profissional de serviços de protecção e segurança e integra-se na área de educação e formação de protecção de pessoas e bens dando equivalência ao 12º ano. O curso tem quatro componentes de formação: a componente sócio-cultural, a científica, a técnica e por fim a formação em contexto de trabalho, para um total de 3100 horas de formação. Na descrição do curso pode-se ler que: “Os jovens habilitados com este curso têm a possibilidade de desempenhar funções como técnicos de segurança e salvamento em meio aquático em municípios (praias e piscinas), hotéis, parques aquáticos e empresas concessionárias em praias”.
No entanto, fiquei muito estupefacta ao saber que o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), organismo da Direcção-Geral de Autoridade Marítima, dotado de autonomia administrativa e com atribuições de promover a direcção técnica no que respeita à prestação de serviços com vista ao salvamento de vidas humanas na área da jurisdição marítima, não considera os alunos destes cursos profissionais como nadadores-salvadores. Assim, depois de uma formação profissional de 3 anos no ensino público (3100 h), os técnicos de Segurança e Salvamento em meio aquático não podem ser nadadores-salvadores; tal como eu, terão que concorrer ao curso de nadador salvador do ISN, que dura 93 horas e custa 75 euros.
È muito provável que os alunos que saiam dos cursos profissionais de TSSMA tenham mais facilidades do que eu para obter o título de nadador salvador. No entanto, ao meu ver isto é absurdo. Este é mais um exemplo dos problemas ligados ao mar: as instituições públicas do ensino, da administração ou da marinha não colaboram, não falam, não partilham os seus saberes. Qual teria sido o problema em incluir nos cursos profissionais de TSSMA uma componente obrigatória dada pelos formadores do ISN? Não teria mais lógica um técnico de Segurança e Salvamento em meio aquático ser igualmente habilitado a nadador salvador?
Quer-se racionalizar os meios mas sem fazer pontes de ligação entre instituições que trabalham na mesma área dificilmente conseguiremos ser competitivos e eficientes !

Wednesday, September 26, 2007

Acção sensibilização "Mar Limpo"

Amanhã, dia 27 de Setembro pelas 13h30, iremos fazer uma acção de sensibilização sobre o "Mar limpo" através de uma recolha de lixo na doca deFaro.

É necessário mostrar à comunidade que a UALG, alunos, docentes, e os cidadãos de Faro se sentem perto deste tema e que o Mar é importante para todos nós.

Venham participar, ajudar ou mesmo só ver esta actividade amanhã.

Tuesday, June 19, 2007

Proximo Café Oceano

O proximo Café Oceano é ja na quinta-feira dia 21 de Junho às 18.00 no Maktostas em Faro. O tema é "Cultivar peixe no mar ... o futuro?".
Apareçam