Sunday, April 19, 2009

O Algarve e o Atum

Realizou-se na tarde de sexta feira, 17 de Abril e na manhã de sábado o Encontro sobre o Atum no Algarve, promovido pela Companhia de Pescarias do Algarve, no hotel Vila Galé Albacora que ocupa o espaço do antigo Arraial Ferreira Neto, o qual foi conservado e integrado nesta unidade hoteleira.

A Companhia de Pescarias do Algarve foi fundada em 1835 dedicando-se especialmente à captura de tunídeos até ao último ano em que se armou uma armação na costa do Algarve. Tem continuado a desenvolver a sua actividade na fileira das pescas e pretende agora reactivar a actividade da captura dos tunídeos através de armações fixas, duas a implantar uma junto ao Cabo de Santa Maria e outra a leste de Tavira (Medo das Cascas), armações que terão as últimas inovações que a tecnologia foi adquirindo tornando-as mais actuais e aptas para a situação actual.

Para esta intenção muito contaram os resultados das experiências no campo das armações que nos últimos anos a empresa luso-japonesa Tunipex tem desenvolvido na área costeira do Algarve, junto a Fuzeta.

Os encontros tiveram a sua sessão de sexta-feira moderados pelo professor Carlos Reis, tendo sido apresentadas comunicações da Tunipex (A Armação de Atum), da DGP (Valor nutritivo do Atum), de um gestor espanhol ligado às Almadravas (Almadravas em Andalucia e em Marrocos) e do IPIMAR (Acompanhamento da experiência da Tunipex).

Na sessão de sábado de manhã intervieram pela Universidade dos Açores e do organismo Internacional ligado ao Tunídeos, João Gil Pereira, com uma resenha histórica do valor económico do atum na região do Algarve, Comandante Castro Centeno, e relacionado com a história da empresa patrocinadora, o eng. Fausto Costa.

Após o almoço de encerramento e com a colaboração da Confraria do Atum procedeu-se ao "Ronqueamento de um tunídeo" permitindo a todos os presentes verificar o aproveitamento quase total do espécime para fins alimentares, com a extracção das diversas partes e constituintes os quais iriam ser degustados no jantar sob as diversas formas gastronómicas.

Das afirmações dos responsáveis da Companhia de Pescarias do Algarve verifica-se uma intenção deliberada de continuar a actuar na fileira das pescas, quer através das novas armações, quer de estruturas no porto de Olhão, quer na exploração de duas áreas em offshore recentemente atribuídas no concurso público governamental, estas basicamente destinadas à criação de ostras.

A única nota negativa a salientar foi a ausência de manifestação de intenções de investigação e de desenvolvimento em colaboração com a Universidade do Algarve que, por motivos que ignoramos também não esteve directamente presente.

Continua de facto a ser difícil mostrar aos empresários de toda a conveniência de intercâmbio de experiências e de investigação com o mundo universitário, participando ambos para modernização e adaptabilidade de novos desenvolvimentos e tecnologias ao campo da actividade.

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