Tuesday, October 20, 2009

Sons no mar… debaixo de água



Quinta-feira, 22 de Outubro, a partir das 18h30, no Pátio de Letras

 

Rede wireless subaquática em foco no

Café Oceano

 

“Sons no mar… debaixo de água” será o tema da edição de Outubro do Café Oceano, que desta vez conta com o Prof. Sérgio Jesus, como convidado. Docente, investigador responsável pelo Laboratório de Processamento de Sinais (SiPLAB) e vice-reitor da UAlg, Sérgio Jesus estará no Pátio de Letras na próxima quinta-feira, entre as 18h30 e as 20h00, para falar sobre o trabalho em desenvolvimento no seu centro de investigação em torno da acústica submarina. Que métodos podem ser usados para escutar o que se passa debaixo de água e quais são as aplicações e fronteiras desta disciplina serão alguns dos pontos em foco.

 

O Laboratório de Processamento de Sinais (SiPLAB) da UAlg, coordenado por Sérgio Jesus, lidera actualmente um grupo de seis parceiros europeus que pretendem criar uma rede sem fios para comunicar através do som dentro de água. Uma vez concebida, esta rede wireless poderá ser colocada, por exemplo, ao serviço da segurança subaquática de infra-estruturas estratégicas, como plataformas petrolíferas ou instalações de geração de energias renováveis. Além do SiPLAB, participam no projecto europeu Underwater Acoustic Network (UAN) cinco centros de investigação e empresas da Itália, Noruega e Suécia.

“O conceito chave do nosso projecto é a mobilidade. É essa a grande vantagem que apresenta uma rede de comunicação sem fios subaquática com as características da que estamos a desenvolver, sobretudo quando aplicada ao serviço da segurança em meio aquático”, explica Sérgio Jesus.

Composta por cinco nós – dois móveis, dois fixos e uma estação de base que assumirá o papel de cérebro de toda a operação –, a UAN terá capacidade para cobrir de forma dinâmica um perímetro subaquático de 100 km2. Qual pequeno exército robotizado, todos os nós desta rede estarão equipado com vários sensores, as armas necessárias para detectar potenciais ameaças a infra-estruturas estratégicas como plataformas petrolíferas ou instalações de geração de energia, tanto em alto mar como em zonas costeiras.

Os diversos sensores captarão informação sobre, por exemplo, a temperatura da água, a velocidade das correntes ou a oscilação da coluna de água, monitorizando a todo o tempo o perímetro que defendem. “Os dois nós móveis, ou veículos autónomos subaquáticos, serão cruciais no processo de recolha de informação, uma vez que podem ser destacados para ir a determinada localização confirmar dados ou recolher imagens cruciais para tomar uma decisão face a uma potencial ameaça”, sublinha Sérgio Jesus. 

1 comment:

ZéTó said...

Onde fica o Pátio de Letras?